sexta-feira, 24 de setembro de 2010

FEIRA DE CIÊNCIAS


No último dia 21 de setembro de 2010, eu e meus queridos alunos da 8ª série Juanito e Marina, participamos da "Feira de Matemática e Ciências" no município de Água Doce - SC. O nosso projeto científico era intitulado "A função social do Gênero Textual Reportagem" e consistia em uma reportagem produzida pelos alunos em nossa escola sobre o Bullying.
Queria agradecer a todos os alunos da 8ª série, pois através das reflexões em sala de aula contribuíram para a realização do projeto. De modo especial agradeço ao Juanito e a Marina que tiveram paciência de seguir as orientações do professor e encarar o desafio de apresentar o trabalho para o grande público que compareceu à feira. Quero dizer-lhes que foram ótimos nas explicações e encheram o professor de orgulho!
Segue abaixo as fotos do evento, o trabalho feito em sala de aula e a reportagem realizada pelos alunos:

Dá-le explicações pra galera!

E mais explicações!!!

Descanso junto ao professor!

Recebendo o prêmio de participação

PROJETO TRABALHADO EM SALA DE AULA SOBRE O GÊNERO TEXTUAL REPORTAGEM

Série: 8ª Ens. Fundamental Anos Finais

Gêneros textual enfocado: Reportagem publicada em revistas e jornais.
Objetivos:

Determinar as principais características estruturais do gênero reportagem;
Perceber os contextos de veiculação e função social do gênero reportagem;
Produzir uma reportagem.

1ª ATIVIDADE

Atividade de pré-leitura com intuito de acionar esquemas e/ou informações que os alunos já possuem sobre o assunto.

METODOLOGIA

Os alunos foram divididos em grupos e lhes foi solicitado que discutissem e formulassem um conceito para o gênero textual reportagem (características, assunto, informações...)
Cada grupo expôs suas reflexões. Após, o professor entregou uma reportagem veiculada na Folha de São Paulo, Folhateen para leitura e análise.
O Objetivo era perceber quais informações levantadas na atividade de pré-leitura estavam e quais não estavam presentes no texto lido.

2ª ATIVIDADE

Exercícios de pós-leitura. Os alunos fizeram exercícios que versaram sobre os seguintes aspectos:

Assunto da reportagem;
Título, sub-título;
A importância dos gráficos, boxes, fotos...
Discurso citado;
Marcadores discursivos que denotam posicionamento do autor da reportagem.

3ª ATIVIDADE

Os alunos deveriam procurar em jornais ou revistas uma reportagem que lhes aprouvessem. Deveriam montar um painel destacando os aspectos estruturais do gênero reportagem estudados durante as atividades de pós-leitura.

4ª ATIVIDADE

Produzir uma reportagem referente a algum setor da E.E.B. “Galeazzo Paganelli”.

ROTEIRO PARA A PRODUÇÃO DE UMA REPORTAGEM

1)Assunto da Reportagem
02) Objetivo(s) Reportagem
03) Estratégias Utilizadas (Questionário, pesquisa, enquete, entrevista...)
04) Metodologia (Descrever as estratégias. Quem fará o que? Como?)



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

VOLTA AO TRABALHO!!!!!!

É hora de voltar às atividades! E para começar coube ao dono deste blog juntamente com a professora Amélia, fazer o repasse do curso “Olimpíadas de Língua Portuguesa – Escrevendo o futuro”, do qual participamos no ano de 2009. Já que os professores presentes representavam as várias disciplinas escolares, e não especificamente professores de língua portuguesa, direcionamos a apresentação para uma discussão sobre gênero textual, tipologia textual e sequência didática, no intuito de dar uma noção preliminar sobre esses assuntos.

Independente do lado “competição” que o trabalho com as olimpíadas traz (já que os melhores textos serão classificados e premiados) considero o material distribuído pelo MEC muito interessante para desenvolver boas oficinas de escrita e leitura. Entretanto, aos professores que o utilizarão recomendo alguns cuidados.

Primeiro, o volume “Se bem me lembro...” propõe, através de uma série de atividades, a produção de um texto de memórias. O material trata o texto a ser produzido ora como memória, ora como memória literária. Há uma diferença latente entre os dois textos, já que uma memória pode ser um simples relato de algo que aconteceu e uma memória literária implica em um texto em que a linguagem necessariamente precisa de elementos literários (figuras de linguagem, descrições subjetivas...) para causar certas sensações no leitor.

Nesse sentido, o material faz breve alusão à memória literária como algo que traga à lembrança “sensações, impressões e informações captadas pelos nossos sentidos: cheiros, sabores, formas, cores, texturas, sons”. Dotar o aluno dessa capacidade de desenvolver uma linguagem literária não me parece algo tão simples. Implica sim, em um trabalho de maior duração com a escrita e, principalmente da leitura dos gêneros literários.

O material não traz um trabalho específico para que o aluno possa entender a diferença da linguagem dita “literária” da não “literária”. O aluno que é um leitor de carterinha terá sensibilidade para produzir um texto que cause certas “sensações, impressões..” de forma até intuitiva. Já aquele não muito afeito à leitura terá mais dificuldades. Isso quer dizer que devemos ter cautela ao avaliar esse quesito, já que a capacidade de entender e de utilizar a linguagem literária está ligada às experiências de leitura e análise e, certamente, o material de “Se bem me lembro..” por si só não dotará o aluno dessa capacidade.

Outro aspecto a ser mencionado é quanto ao “Na Ponta do Lápis – 11”, também contido no maleta das Olimpíadas de Língua Portuguesa. Na página 6 e 7 aparece um “quadro síntese dos gêneros textuais e seus respectivos agrupamentos”. Como agrupamentos aparecem “argumentar, expor, instruir, narrar, relatar”. Parece-me que há aí uma confusão entre função social do gênero e sequências tipológicas que o compõe.

Entendemos que a função social do gênero está ligada a intenção de comunicação, o objetivo de existir determinado gênero, a relação que ele tem com os seus leitores que pode ser sim a de “argumentar, expor, instruir, narrar, relatar”. Já a tipologia é a maneira como determinado gênero organiza sua linguagem, dentro do gênero, através de sequências tipológicas que podem ser: narrativas, descritivas, expositivas, argumentativas, injuntivas e preditivas.

Nesse sentido, um gênero textual pode ter a função social de “narrar” um acontecimento e utilizar-se da sequência tipológica “narrativa”. O importante é perceber a diferença do que é função social do gênero e do que é a sequência tipológica desse gênero.

Não quero com essas reflexões passar a idéia de que o material das “Olimpíadas da Língua Portuguesa” é impróprio para a utilização em sala de aula. Quero sim afirmar que cabe ao professor um olhar mais crítico sobre todo e qualquer material pedagógico que utilize, no sentido de adaptá-lo, modificá-lo ou acrescê-lo de acordo com as necessidades e objetivos que deseja alcançar com seus alunos.