EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E EDUCAÇÃO
Há mais de 08 anos tenho exercido o ofício de professor nas áreas de Língua Portuguesa e Língua Inglesa. Tal qual meus colegas de profissão, acredito que um dos principais dilemas é a construção de metodologias eficientes. Refiro-me aquelas metodologias que permitem fluir a aula de um modo não tradicional, que instigam os alunos a querer aprender, e que por vezes, nos frustram por se mostrarem inoperantes a determinados contextos.
Nesse sentido, creio ser fato consumado, que as evoluções tecnológicas, que acontecem de forma assustadora, exercem algum tipo de influência em nosso fazer pedagógico. Mesmo que queiramos negar de forma anti-tecnológica a evolução e/ou surgimento de determinados aparatos eletrônicos não dá para fechar os olhos para as situações que presenciamos diariamente em nossa própria sala de aula.
Como ignorar celulares e MP4 com múltiplas funções que nossos alunos ostentam como adornos de inexplicável adoração? Como ficar indiferente aos relacionamentos que nossos alunos estabelecem através do MSN, Chats e e-mails? Como não ficar perturbado com as inúmeras informações que nossos alunos obtêm através da internet e que, não raramente as confrontam de forma sarcástica com o saber que apresentamos a eles? E principalmente, como negar que essas nuances fazem parte do currículo escolar?
Contra fatos não há argumentos. Para a educação a evolução tecnológica pode ser um anjo ou um demônio. Se não a utilizarmos para tornar nossas metodologias mais atraentes aos nossos alunos e para obtermos informações importantes a nossa capacitação corremos o risco de ficarmos obsoletos. Assim sendo, para nós profissionais da educação não há outro caminho a percorrer. Ou interagimos com essas inovações de forma on line, ou seremos esmagados sem dó nem piedade pela locomotiva chamada evolução tecnológica.